tag:blogger.com,1999:blog-47877382022041160722024-02-18T21:44:20.678-08:00>::Sub Jove::<Daniel Moraeshttp://www.blogger.com/profile/03365693694219745265noreply@blogger.comBlogger3125tag:blogger.com,1999:blog-4787738202204116072.post-85523537150919187642009-04-07T04:41:00.000-07:002009-04-07T05:13:12.284-07:00Racunhos da filosofia pré-socratica<p class="western" style="MARGIN-BOTTOM: 0cm" align="right"><span style="font-size:78%;"><br /><em>Deixam-se levar, surdos e cegos, mentes obtusas,<br />massa indecisa, para qual o ser e o não ser é considerado o<br />mesmo e o não mesmo, e para qual em tudo há uma via contraditória.<br /></em>(Parmenides)</span></p><br /><br /><br /><p class="western" style="MARGIN-BOTTOM: 0cm" align="justify"><br />Sempre foi uma necessidade intelectual do homem entender o por que da vida e seus princípios, criamos lendas, mitos, nos entregamos a religiões, pensamos sobre o que rege a vida, e que faz com que ela seja em contraponto ao seu contrario. Não foi diferente com o inicio do pensamento filosófico. O aparecimento da escrita, da moeda e consequentemente o advento da pólis grega, entre outros fatores, influenciaram os chamados “filósofos da natureza” a se debruçarem para responder esta simples pergunta: de onde vem tudo? Por que não o nada?</p><div align="justify"><br /><br /></div><p class="western" style="MARGIN-BOTTOM: 0cm" align="justify"><br />Tales de Mileto ao afirmar que “tudo está cheio de deuses” passa longe do raciocínio mítico predominante na época, ele dá os primeiros passos com o “rompimento” do mundo dos deuses e o do humano, denota que o mundo é dinâmico e repleto de animação, ou seja, não estamos em um mundo estático, a matéria é viva, vai mais longe ainda ao dizer que “a água é o principio de todas as coisas”, pois abstrai da natureza algo que viu em comum, começa assim a distanciar o homem da natureza, não no sentido de isolar, e sim para melhor observar, passa a dominar o que antes era apenas exclusividade dos deuses, saímos da vontade dos deuses e passamos a ser protagonistas do movimento que nos rodeia.</p><div align="justify"><br /><br /></div><p class="western" style="MARGIN-BOTTOM: 0cm" align="justify"><br />Mais longe ainda vai Anaximandro ao lançar mão de um conceito totalmente abstrato como o apeiro(ilimitado, indeterminado), provavelmente queria dizer que tudo o que conhecemos é limitado, e que para que esses existissem haveria de ter como principio algo ilimitado, por serem determinados, um principio determinado, do ilimitado surgiriam vários mundos, e estes estão em constante movimento, o apeiron seria uma espécie de massa geradora.</p><div align="justify"><br /><br /></div><p class="western" style="MARGIN-BOTTOM: 0cm" align="justify"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5321919473277994498" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 197px; CURSOR: hand; HEIGHT: 291px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj192pRjOkd3DQpqp99pn_udm63GO1vCWOPU9pIDTAZuIZbR8pC930u1OzwwsrD4m3WQqi_UVBJiLr5_A9m6C5frQbIqfmRvTjFCX98-e88jidGHqSfd5OP0TeI2NtD_bkFmjdHDHXm8OA/s320/heraclito.jpg" border="0" /><br />O que mais chama atenção no pensamento dos chamados “filósofos da natureza” é a dicotomia entre Parmenides e Heráclito, para o primeiro o ser é imóvel, não há como pensar em nada que não é, segundo este, é uma contradição contradição inaceitável pensar no não ser, Parmenides não nega o movimento, diz que este existe apenas no mundo sensível, mais tarde este principio foi chamado de identidade ou não-contradição. Na contramão encontra-se Heráclito. Sua afirmativa de que “nunca nos banhamos duas vezes no mesmo rio” resume bem seu pensamento, segundo ele, as coisas estão em eterna mudança, tudo muda a todo instante “ o que mantém o fluxo do movimento não é o simples aparecer de novos seres, mas a luta dos contrários … é da luta que nasce a harmonia”<a class="sdfootnoteanc" href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=4787738202204116072&postID=8552353715091918764#sdfootnote1sym" name="sdfootnote1anc">1</a>.</p><div align="justify"><br /><span style="font-size:78%;"></span> </div><div align="right"><span style="font-size:78%;"></span> </div><div align="justify">Marcados por estes filósofos até hoje nos encontramos, sempre estamos na constante busca de um principio que reja o regente ou mantenedor da vida, as mesmas preocupações que rodeavam o mundo pré-socrático, os vários sentidos que a physis tem no mundo grego antigo expressam os vários modos como o pensamento se desdobrou para responder tal questão, o importante não é saber qual delas está correta, ou que alguma esteja, mas sim a ruptura com o mundo mítico e consequentemente o inicio da era do pensar.</div><div align="justify"><br /><br /></div><p class="western" style="MARGIN-BOTTOM: 0cm" align="justify"><br /><a class="sdfootnotesym" href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=4787738202204116072&postID=8552353715091918764#sdfootnote1anc" name="sdfootnote1sym"><span style="font-size:78%;">1</span></a><span style="font-size:78%;">ARANHA, Maria Lucia de Arruda- Filosofando: introdução a filosofia- 2 ed., Moderna, São Paulo, 1993, p.93.</span><br /></p><br /><br /><br /><p class="western" style="MARGIN-BOTTOM: 0cm" align="justify"></p><span style="font-size:0;"></span><span style="color:#000000;">Daniel Moraes<br />Licenciando em Filosofia pela<br />Universidade Católica de Pernambuco<br /></span><br /><br /><br /><br /><div style="TEXT-ALIGN: right"></div>Daniel Moraeshttp://www.blogger.com/profile/03365693694219745265noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4787738202204116072.post-76970738007897942422009-02-23T08:43:00.000-08:002009-02-23T08:51:37.720-08:00Viva!<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPaeVh_cgBDxhGR2gJWgOj-Fzd7W2XKwK5Q307XkgxpqfNW_zucSPd-xdykEs7kbqZGM5x19XZ1FS7_9Xt873tA0fiYrpZpdw2u8kT7lmcVED9OP2bgk7tJ9JsUx29LL-9vJX0k3NvCdU/s1600-h/montesquieu.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5306035204872894274" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 239px; CURSOR: hand; HEIGHT: 303px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPaeVh_cgBDxhGR2gJWgOj-Fzd7W2XKwK5Q307XkgxpqfNW_zucSPd-xdykEs7kbqZGM5x19XZ1FS7_9Xt873tA0fiYrpZpdw2u8kT7lmcVED9OP2bgk7tJ9JsUx29LL-9vJX0k3NvCdU/s320/montesquieu.jpg" border="0" /></a> <blockquote></blockquote><br /><div align="justify">A face da democracia e, principalmente, dos eleitos para funções públicas no Brasil mostra-se dura e vergonhosa. Causa escarnio a população.<br /></div><br /><div align="justify">Jarbas Vasconcelos diz que a corrupção em seu partido é comum. E fica nisso. A corrupção é comum em todos os âmbitos. E o que fazer? </div><div align="justify"></div><div align="justify">Rio Preto e o restante do Brasil preisam saber usar o voto. A casa que deveria fiscalizar condutas ilegais cai na vergonha. Oh, Montesquieu, infelizmente sua teoria não funciona no Brasil.</div><br /><div align="justify">Viva a democracia. Viva a Câmara de Rio Preto. Viva ao que não vemos!</div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify"><em></em></div><div align="justify"><em>Públicada no Jornal Bom Dia ( São José do Rio Preto-SP) 19/02/09 pág. 7</em></div>Daniel Moraeshttp://www.blogger.com/profile/03365693694219745265noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4787738202204116072.post-6479723492755197212008-10-11T09:56:00.000-07:002008-10-11T10:00:19.192-07:00E tudo começa...Como meu primeiro post coloco um pequeno texto que produzi, nada de mais, apenas uma pequena conversa com o papel sobre o tema religião, da próxima vez posto algo melhor...<br /><div align="center">--------------------------</div><div align="center">O ato de se projetar, a religião.</div><div align="center"> </div>Refletir sobre religião é o mesmo que discutir os anseios da comunidade humana. Primeiramente com os mitos, o homem procurava entender os fenômenos naturais e os seus comportamentais através de alegorias. Assim notamos o surgimento de vários mitos, como por exemplo o de Pandora, que visa elucidar o problema do mal.<br /> Os deuses gregos refletiam os mesmos vícios humanos, como a ira, a compaixão, o amor, o desprezo, assim o homem se projeta e passa de ser um coadjuvante na história, se destaca. Neste trajeto o homem se lança rumo ao impossível, ao ser que nunca será, como afirma Feuerbach, quando se dá conta de que "a consciência que o homem tem de Deus é a consciência que o homem tem de si".<br /> Neste sentido, segundo Feuerbach, a busca de entender Deus é a busca de entender o próprio ser humano, principalmente sua sociedade. Como pode se observar, em vários momentos da história, religião e Estado se misturam, como aconteceu no Antigo Egito, na Roma Antiga e mais conhecida na Idade Média. Para Santo Agostinho, por exemplo, a Cidade dos Homens estava subordinada ao poder Divino, ou ao modelo de perfeição da Cidade Celeste, mas se percebe que este anseio da morada perfeita, seria a reflexão do Império Romano decadente, buscando assim explicar as próprias aspirações da orbe.<br /> Segundo Durkheim “o sagrado e o profano foram sempre e por toda a parte concebidos pelo espírito humano como géneros separados, como dois mundos entre os quais nada há em comum (…) uma vez que a noção de sagrado é no pensamento dos homens, sempre e por toda a parte separada da noção do profano (…) mas o aspecto característico do fenómeno religioso é o facto de que ele pressupõe uma divisão e bipartida do universo conhecido e conhecível em dois géneros que compreendem tudo o que existe, mas que se excluem radicalmente.”<br /> Vale salientar que a religião está presente na sociedade humana, como fenomeno que se apresenta da própria condição pensante humana, e que por sua vez, nunca desaparecerá.Daniel Moraeshttp://www.blogger.com/profile/03365693694219745265noreply@blogger.com0